Desenvolver novos empreendedores capazes de responder às demandas das indústrias e que possam criar startups preparadas para o mercado. Esse é o objetivo do novo programa Conecta Startup Brasil, iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Softex e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“A gente identificou que existiam muito poucas startups preparadas para começar esse relacionamento com a indústria”, contou Elisa Carlos, gerente de Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), parceira do Ministério no programa.
Ao invés de desenvolver um produto a partir de uma grande ideia e no final procurar um cliente, a ideia é fazer o contrário. Primeiro, conhecer as demandas do mercado e, depois, criar produtos que respondam às necessidades do cliente. “Isso aumenta drasticamente a chance de sobrevivência de uma startup”, disse a gerente.
Para isso, 50 empresas já foram selecionadas pelo Conecta Startup Brasil para capacitarem 100 equipes de futuros empreendedores. A ideia é “dar condições para que novos empreendedores nasçam daqueles que nunca empreenderam de fato, mas que são bons tecnicamente e já têm uma certa maturidade de mercado”. As equipes vão receber bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O valor total que vai ser destinado para todas as bolsas é de R$ 5 milhões.
Entre as 50 empresas selecionadas, 48% são médias e pequenas e 52% são de grande porte. Uma delas é a Vale. “O papel da Vale vai ser apoiar os empreendedores a chegar a desenvolver um produto ou serviço que solucione um problema. Ele já cria a sua empresa conectada a uma necessidade do mercado”, explicou o responsável por Inovação Aberta na Vale, Alexandre Mosquim.
Segundo ele, a Vale e demais empresas vão participar das três fases do processo: a criação da ideia, o desenvolvimento do produto e os testes desse produto em campo. “Esse teste com mentoria é algo que vai gerar um valor muito grande para pesquisadores e empreendedores. É uma cocriação”, destacou.
Das empresas, 50% pertencem às indústrias de transformação, 10% de informação e comunicação, 8% comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, 8% atividades científicas e técnicas, 4% educação e 4% atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Também integram o time de empresas o Grupo Boticário, FCA FIAT Chrysler, 3M, Votorantim Cimentos, Burger King, L’Oreal Brasil, Johnson & Johnson, Natura e Unimed, entre outras.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com.br
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